“Abençoados os que esquecem, porque aproveitam até mesmo seus equívocos”
Essa frase de Nietzsche, falada por Mary, personagem de Kirsten Dunst, em "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" foi, na verdade, parte da inspiração de Charlie Kaufman para escrever o roteiro.
Abençoados sejam! ... Será?
Esquecer? Esquecer tudo?
É indiscutível que ninguém quer esquecer o que foi bom. Só que quanto às coisas ruins... não é verdade que aprendemos com elas?
Talvez isso seja algo que funcione para os orgulhosos. Porque, se você não lembra o que te fizeram de ruim, você não precisa perdoar.
Mas onde entra o mérito do amor nisso?
Acho que abençoados são aqueles que amam, perdoam, aceitam, entendem, vivem, e mesmo assim aproveitam os seus equívocos. Ainda que eles doam.
Abençoados os imperfeitos. Os que guardam na memória tudo que os fizeram ser o que são, ter a personalidade que têm, e nem por isso se abatem. Nem com as piores coisas que podem acontecer.
Se você não entendeu muito sobre o que eu falei, hoje, depois de milênios, indicarei um filme:
Em um mundo defasado de comêdias românticas, eis que lhe digo: Assista a um drama romântico!
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, é um filme original e inteligente, com grandes performances de Jim
Carrey (acredite, ele está fantástico) e Kate Winslet (sensacional, como sempre), subtramas bem
elaboradas e, o que pra mim é o mais importante, que te leva a refletir.Vale à pena!
