Eu sou Daltônica. Café preto e ovo branco.
Arraste-me para fora de mim mesma.
Arraste-me para fora de mim mesma.
Eu estou pronta. Eu estou pronta. Eu estou pronta. Eu estou...
“Meu português”, imobilizado e com a língua travada. Gaguejo trêmulo e sem firmeza.
Eu estou coberta por uma casca. Ninguém pode entrar.
Arraste-me para fora de mim mesma.
Eu estou embrulhada, desembrulhada e desembrulhando.
Eu sou...
Daltônica. Café preto e ovo branco.
Arraste-me para fora de mim mesma.
Eu estou pronta. Eu estou pronta. Eu estou pronta.
Eu estou... bem.
Eu estou bem!
Eu sou...
Daltônica. Café preto e ovo branco.
Arraste-me para fora de mim mesma.
Eu estou pronta. Eu estou pronta. Eu estou pronta.
Eu estou... bem.
Eu estou bem!
[Colorblind]
3 comentários:
Ah! eu tenho um sobre daltonia... gostaria de compartilhar irmã querida!Lá vai:
"Olhar sem cor, de amor seu ver extremamente singular. Leva-me a ver fiéis cicatrizes, profundas harmonias da cor que não é vista, mas sentida.
Voz com a verdade que conjectura a ferocidade de ser cru, mas macio e maciço.
O nome desse olho que me olhou que me olhou, que me coloriu mesmo sem que distinguisse em qual cor estava o meu amor é MARCO. Que me marcou...
Em tom pastel me amou ao original, de saber ser o que melhor faz, ser quem é." Não está inteiro mas tá aí a melhor partEstou bem também.
Piu, piu já saiu da casca??? Rs!!!!
Esse texto é muito bom. "Arraste-me pra fora de mim mesma" sintetiza tudo. Bom saber que tenho uma amiga tão inteligente. Você poderia explorar mais esse lado poético.
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